segunda-feira, 15 de abril de 2019

Enfim, Flamengo.



Por Wagner Luiz Serpa

Quando joguei de verdade, compreendi que, na hora certa, no momento exato, por si só, o triunfo virá ao seu encontro. O nome disso é confiança.

Quando joguei de verdade, pude perceber que a minha angústia, meu sofrimento, não passa de presságio, de tempestade que não dura, céu que se abre e a vitória que encontras. O nome disso é destino.

Quando joguei de verdade, parei de desejar que tudo fosse diferente, parei de pensar que os anjos por mim não mais conspiravam, e, assim, vi que tudo o que acontece contribui e nos faz crescer. O nome disso é amadurecimento.

Quando joguei de verdade, livrei-me dos fantasmas adormecidos, das lembranças amargas, ressurgi, refazendo minha história. O nome disso é auto-conhecimento.

Quando joguei de verdade, deixei de temer para ser temido, da dúvida para o brado não mais contido. Vira a tormenta, a avalanche. Causa medo, eu sei. O nome disso é respeito.

Quando joguei de verdade, percebi a grande valia da existência, o poder de abraçar o amigo-irmão que você nunca viu na vida, mas veste o mesmo manto. O poder de realizar o sonho, de gritar aos sete ventos, de chorar de alegria, de amor. O nome disso é privilégio, o nome disso é Flamengo.