domingo, 3 de dezembro de 2017

O que é Libertadores?


Por Wagner Luiz Serpa

Os séculos XVIII e XIX foram determinantes na história do nosso continente. Amplamente colonizado pelos espanhóis, foi na base da espada e do sangue derramado que as nações sul-americanas conquistaram sua independência. Quase todas. E o nome de alguns homens ficaram marcados para sempre na história de seus países como os grandes líderes que os conduziram a essa vitória. Eles são conhecidos como os Libertadores da América.

Em 1960, iniciou-se aquele que viria a ser o torneio mais importante do futebol sul-americano. Ele foi batizado com o nome que traria essa grande homenagem àqueles heróis. E se os Libertadores da América subjugaram seus oponentes na base da luta e da unha, o nome de batismo dessa competição de futebol não poderia ter sido escolhido de forma mais coerente. A Copa Libertadores da América não é só um torneio entre clubes, é um evento à parte, é o campeonato de futebol mais duro, mais complexo do planeta.

Jogar uma Libertadores é de uma representatividade tamanha para uma equipe, seja financeira, seja esportivamente. Mas a Libertadores não é só esporte. Se fosse não seria Libertadores. Futebol não basta. Também é guerra, é combate onde as armas é que são outras. Bola e chuteiras? Mais que isso. É preciso coração quente e mente gelada.

Com exceção das arenas brasileiras padrão Fifa, os estádios são quase todos sem estrutura. Às vezes falta até água e normalmente é só no vestiário dos visitantes. As torcidas sempre hostis e via de regra extremamente próximas ao campo. Os ‘arquibas’ por lá cantam, e cantam, e cantam, durante todo o tempo, não importa o resultado. É pressão pura. Ah sim! Dependendo do local do jogo, também falta oxigênio.

Essa é a Libertadores, o campeonato mais desejado por 10 entre 10 jogadores do lado de baixo do equador.

E o passaporte para fazer parte de toda essa provação finalmente foi carimbado. Com muito sofrimento e tensão e apenas na última rodada do Brasileiro, o Flamengo se garantiu na fase de grupos da Liberta. Detalhe que a vitória veio apenas aos 50 minutos do 2º tempo e em pênalti infantil cometido pelo adversário. Enfim, pudemos respirar aliviados.

Mas cá pra nós: sofrer pelo jogo do seu time tudo bem, mas sofrer pelo jogo de mais 3 ou 4 ao mesmo tempo foi demais! Mas tá bom. Bom que a pressão pra decisão da Sula diminui deveras e a rapaziada poderá entrar em campo mais tranquila e confiante.

Bora torcer, bora rezar, bora fazer qualquer coisa pro tempo passar bem rápido, pois a semana que chega será decisiva e 4ª feira é dia. Dia de separar os homens dos meninos.

E como já disse aqui nas rubro-resenhas, um resultado no mínimo aceitável na casa dos ‘cara’ já será suficiente. Bora é trazer essa ‘guerra’ pros nossos domínios, lotarmos o Maracanã e transformar aquele estádio no pior dos piores caldeirões! Daqueles que fariam até Simón Bolívar tremer de medo.

Não sei você, mas eu tô levando fé.     


SRN. E não é pouco não.

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