domingo, 4 de outubro de 2020

Éverton Ribeiro: craque e decisivo

Por Wagner Luiz Serpa

Flamengo e Athlético Paranaense se enfrentaram ainda há pouco num chuvoso Rio de Janeiro. Por motivos diversos, mas que já são conhecidos, o Fla entrou em campo com um time mesclado de titulares, reservas e meninos da base. Os paranaenses, por sua vez, desgastados pelos últimos confrontos, foram escalados com praticamente toda a equipe reserva.

O Rubro-negro carioca iniciou a partida bastante confuso e com muita dificuldade na transição de bola da defesa para o ataque. O Athlético subia a marcação e pressionava bastante o Fla em seu campo, tentando, e conseguindo, dificultar ao máximo a saída de bola do time da Gávea.

O que é interessante destacar do nosso adversário de hoje é o estilo próprio de jogo que tem e que, via de regra, não abre mão: jogam sempre com marcação alta e dificilmente ‘rifam’ a bola no início de construção das jogadas. Lembrem-se que serão nossos rivais nas oitavas de final da Copa do Brasil. Olho neles.

O 1º tempo nos mostrou um jogo um tanto quanto cansativo até de se ver. Fora alguns pouquíssimos momentos de lucidez, a marca registrada da 1ª etapa foi a desorganização, a lentidão e os erros de passe.

No 2º tempo, o Flamengo voltou a campo com uma alteração na equipe: saída do atacante Vitinho para a entrada de Éverton Ribeiro. O meia foi posicionado onde ele é mais decisivo: aberto pela direita e, com a bola, conduzindo e armando as jogadas em direção ao centro de campo.

A mudança trouxe mais consistência tática, compactação e velocidade, sem falar na qualidade técnica que o jogador confere a todo o coletivo. A partir daí, o Fla passou a dominar as ações e a sobrar no confronto.

Aos 55 minutos, em bola respingada na grande área, Pedro dominou com perícia e abriu o placar com gol típico de centroavante.

Apenas três minutos depois, Bruno Henrique ampliou após cobrança de pênalti bem marcado pela arbitragem.

Aos 66, o Athlético diminuiu com bola alçada na área e finalização de cabeça do atacante Kayzer.

Aos 76, o gol pra coroar a atuação daquele que mudou a cara do jogo. Passe de Arrascaeta e chute de fora da área, indefensável, com a canhota de Éverton Ribeiro, bola no cantinho direito do bom goleiro Santos. 3×1 e fatura fechada.

Em jogo em que pudemos testemunhar um abismo tático e técnico entre o 1º e o 2º tempo, verdade é que o Flamengo precisou jogar apenas 45 minutos pra vencer o embate de hoje no Maracanã.

A caminhada continua. Hora de descansar e pensar no próximo encontro. Esse mês de outubro tá sinistro e promete fortes emoções.

SRN.

Instagram: @wagnerluizserpa 

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