quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Suave na nave. Mengão passeia e confirma liderança


 

Por Wagner Luiz Serpa

Do primeiro ao último minuto. Foi dessa forma que o Flamengo dominou o jogo desta noite no Maracanã e não tomou nenhum conhecimento do Júnior Barranquilla, pela sexta e última rodada da fase de grupos da Libertadores.

O time do Ninho, como já era esperado, veio a campo com equipe bastante mesclada. Já classificado pra próxima fase da competição e com jogo importante pelo Brasileirão no próximo final de semana, o Sr. Torrent optou por poupar vários dos seus principais jogadores.

Por outro lado, atletas como Léo Pereira, Thuler, Renê, Michael e Lincoln, que em jogos anteriores não convenceram, tiveram oportunidade de mostrar serviço, ganhar ritmo e adquirir confiança. Foram bem e aproveitaram a chance.

Assim como os meninos da base, tanto os que iniciaram, quanto os que entraram no decorrer do confronto, todos deram conta do recado.

Aos 10 minutos de jogo, em escanteio cobrado da esquerda pelo ambidestro meia-atacante Vitinho, o zagueiro Léo Pereira escorou de cabeça pro centro da área e seu companheiro de zaga, o garoto Thuler, abriu a contagem do placar.

O Fla atuava com a autoridade do campeão das Américas, era superior em todos os setores do campo, com posse de bola, pressa na recuperação da mesma, marcação alta e verticalidade nas jogadas.

Aos 39, aproveitando a frouxa marcação pelo lado direito da defesa colombiana, Bruno Henrique arrancou daquele jeito até a linha de fundo e cruzou rasteiro na medida pra Lincoln, com categoria, dar de chapa e ampliar pro Mengão.

O 2º tempo começou já com duas alterações. Entraram as joias da base, o meia Lázaro no lugar de Vitinho e o volante Gomes no lugar de Willian Arão.

O Flamengo, embora tenha diminuído um pouco o ritmo, mantinha na 2º etapa as boas investidas ao ataque e continuava superior na partida.

Com a missão de rodar e poupar o elenco, o treinador catalão seguiu com as substituições. Aos 22, trocou Thuler pelo zagueiro Gabriel Noga.

Pouco depois, num lance de desatenção do Fla e contra-ataque do Barranquilla, o atacante colombiano Téo Gutiérrez diminuiu aos 23 minutos.

Mas o Mais Querido reagiu rápido, seis minutos pra ser mais preciso. Em cobrança de escanteio da direita, Matheuzinho achou a cabeça de BH27, que subiu lá no 3º andar, parou no ar e testou pra fazer 3×1.

Aos 33, mais uma troca, dessa vez Lincoln deu lugar ao promissor lateral esquerdo Ramon.

O jogo seguiu o seu rumo e, até o apito final, a rapaziada da Gávea controlou com facilidade o Júnior, sem correr maiores riscos. Com a vitória assegurada, garantiu também a 1ª colocação do grupo pras oitavas de final da Liberta.

Esse foi o nosso Flamengo de hoje, que vai demonstrando visível evolução e assimilação do estilo Domènec de ser.

Temos acompanhado que, após a descontrução do estilo 2019 de atuar, parece que o agora famoso estilo de jogo posicional dá sinais que vai sendo finalmente absorvido pelos jogadores rubro-negros.

É um conceito de se jogar um tanto quanto complexo, principalmente pra nós brasileiros que não estamos muito acostumados com essa forma de enxergar futebol.

Várias são as nuances e variantes do jogo de posição. Uns gostam outros não. Mas tenham uma certeza: jogo posicional não é nem de longe o futebol chato e estático que vem sendo rotulado por aí.

O que está virando rotina é assistirmos os apopléticos de plantão que, por desconhecimento ou por pura maldade, falam asneiras mil sobre o novo estilo de jogo do Flamengo. É só ligarmos a TV.

SRN.

Instagram: @wagnerluizserpa

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