quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Onde Estava o Flamengo?




Por Wagner Luiz Serpa.

Flamengo e Chapecoense jogaram ainda há pouco pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana. A partida começou morna, com as equipes se estudando, tentando fazer aquela já conhecida leitura inicial do adversário. Aliás “leitura de jogo” é um termo que está na moda.
A Chapecoense tem ido mal no Campeonato Brasileiro e talvez por isso veja neste torneio continental a possibilidade de fazer valer o ano de 2017. Pensando nisso, entrou em campo bastante aguerrida, valorizando cada disputa de bola, utilizando marcação média, aquela que inicia ali pela intermediária do adversário. Mas dali pra trás se apresentava bem vigorosa na marcação.
O Flamengo, por sua vez, entrou em campo com uma escalação que talvez seja de fato a força máxima que o rubro-negro tenha hoje. Sem esquecer de Everton Ribeiro e Vinícius Júnior, ambos no banco, mas em razão da estratégia de jogo adotada e do esquema tático escolhido, 4-2-3-1, com pontas velozes e marcadores, acho que o “profe” acertou em não os escalar de início.
Primeiro tempo rolou por inteiro e praticamente nada aconteceu. Uma bolinha parada pra cá, outra pra lá e quase nenhum perigo às metas rivais.
Reservo-me apenas o direito de dois comentários incidentais, mas por dever de justiça:
Ver o zagueiro Juan com a bola em seus pés tem sido motivo de conforto. Ganhou ritmo e tem jogado muito. Tranquilidade é o seu nome.
Pelo outro lado e talvez o ponto alto da noite, Alan Ruschel. Jogador da Chapecoense que foi um dos sobreviventes do fatídico voo do último dia 28/11. Pela 1ª vez jogando desde o início uma partida oficial, o lateral se apresentou muito bem, sendo um dos melhores enquanto esteve em campo.
No segundo tempo, a Chape foi melhor.
Enquanto tudo parecia seguir em banho-maria, aos 14 min, o goleiro do Verdão do Oeste fez defesa milagrosa. Após cabeceio do capitão rubro-negro, Réver, o arqueiro espalmou pra longe. E vida que segue.
Aos 29, a Chapecoense chegou com perigo. Após um chute despretensioso do atacante equatoriano Penilla, Diego Alves rebateu esquisito, bem naquele estilo “bate-roupa” que já tivemos o desprazer de ver há alguns dias. Mas, por sorte, no rebote Reinaldo chutou mal, muito mal, e pra fora. Seria a maldição dos goleiros da Gávea?
Aos 30, Ruschel foi substituído e ovacionado por todos no estádio. E no Mundo. Aplaudi também, emocionado.
Ao 41, o volante Hector Canteros, ex-Flamengo, encontrou em bom lançamento Penilla, que entrou sozinho na área mas chutou à esquerda do guarda- metas Diego.
Daí pra frente, nada de importante.
E assim foi escrito o embate. No final, ficou bom pra todo mundo. Um bom resultado da Chape diante do Flamengo: dos empates possíveis, o melhor. E um bom resultado do Flamengo diante da Chape: não sofreu gols e levou a decisão, intacta, para sua casa.
No entanto, verdade é que assistimos um jogo bem mais ou menos: sem gols, sem graça e sem Flamengo.


SRN. E não é pouco não.

Nenhum comentário:

Postar um comentário