Por
Wagner Luiz Serpa.
Vencemos.
E não podia nem pensar em ser diferente. Jogando em casa e após a
derrota acachapante no último fim de semana, o Flamengo, mesmo
apresentando rendimento no máximo mediano, conseguiu superar o
Cruzeiro e faturou três pontos importantíssimos na luta para se
manter na zona de classificação da Libertadores. Sem alguns dos
mais importantes jogadores do elenco, o destaque ficou mesmo para os
meninos da base.
Paquetá,
desta vez escalado no meio-campo, sua posição de origem, fez jogo
em excelente nível. Visivelmente mais maduro desde que estreou nos
profissionais, Lucas vem apresentando grande habilidade, domínio de
bola e um futebol a cada dia mais consistente. O garoto vem sim dando
conta do recado, com direito inclusive a algumas jogadas de efeito e
plasticidade. Quem sabe o período que passou jogando improvisado no
ataque não tenha lhe feito bem?
Outro
'menor' que sempre merece comentários é Vinícius Júnior. O
'rebento' entrou faltando pouco mais de 10 minutos pro fim, mas foi
dele o gol derradeiro da partida, aquele que fechou a tampa e
acalentou nossos, até então, angustiados corações. Detalhe é que
a magnética já pedia a entrada do moleque desde o começo do 2º
tempo. Ou talvez desde o começo do século. Torcedor sabe das
coisas.
Não
tão mais garoto assim, mas sempre com muita disposição, o canhota
Éverton também merece destaque. Foi o autor do 1º gol e também
participou do 2º, dando passe preciso e em profundidade que colocou
VJ de cara pro goleiro adversário. Foi marcar e chamar pro abraço.
Tudo
certo. 2x0. Missão cumprida. Missão cumprida? Nem tanto. É
impossível não notar e não se incomodar em ver o Flamengo jogando
pra tão pequeno público. É antagônico com nosso clube, com nossos
princípios e com a nossa definição de 'massa rubro-negra’.
Confesso que, já há algum tempo, existem perguntas sem respostas
que povoam meus pensamentos e que hoje eu resolvi compartilhar. Então
lá vai:
-
por onde anda a nossa imensa torcida? Por onde andam os incansáveis
gladiadores que outrora povoavam maciçamente a 'terra santa'? Será
que não borbulha mais o rubro-sangue em suas veias? Ou será só o
preço astronômico dos ingressos? Vale a reflexão?
SRN.
E não é pouco não.
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