quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Foi na Raça



Por Wagner Serpa.

Em jogo tenso, elétrico e pegado, Flamengo e Fluminense protagonizaram há pouco um grande jogo, se não pelo critério técnico, mas pelo ponto de vista da entrega e da emoção proporcionada, sem dúvida tivemos uma das melhores exibições de futebol do ano. É bem verdade que a rapaziada desceu a lenha e teve botinada pra todo lado, mas o que não chegou a ofuscar o espetáculo.

O Flu saiu na frente logo aos 3 minutos de jogo, em bate rebate da zaga rubro-negra, a bola sobrou para o lateral Lucas, que foi feliz e encaixou bom chute para abrir o placar.

A partir daí o Flamengo passou a ser superior, tendo a iniciativa da maioria das jogadas e, como diz o
novo bordão do futebol, passou a “propor o jogo”.

E a bola parada mais uma vez se fez presente, responsável por nada menos que 4 dos 6 gols da partida. O empate veio 6 minutos depois, após falta bem cobrada pelo meia Diego, sem dar chances ao arqueiro adversário. Ainda no 1º tempo, em erro defensivo da zaga, o Flu marcou, de cabeça, com o zagueiro Renato Chaves. 

E o mesmo Renato ampliou no começo no 2º tempo, novamente em jogada aérea, em nova falha de marcação da zaga rubro-peneira.

Nesse momento, tudo parecia perdido. Mas Flamengo é Flamengo, não é bagunça.

Foi quando o técnico Rueda fez substituição acertada, talvez até um pouco tardia: colocou Vinícius Júnior no lugar do lateral Trauco. O moleque mudou o panorama da partida, o Fla empurrou o time pra frente e sufocou o Flu em seu campo.

Minutos depois, aos 22, Vizeu diminuiu pro Poderosão e trouxe a torcida pra dentro de campo.

O empate parecia inevitável. E de fato foi. Mais uma vez com bola parada, desta vez em cabeçada certeira de Willian Arão, o Flamengo igualou o placar a 7 minutos do fim. Era o que precisava. Explodiu a massa e era pra explodir mesmo, pois essa vitória também foi deles.

O que fica como reflexão é a análise do nosso Flamengo como um todo e a forma como a equipe “propõe” a maioria dos seus jogos, cria inúmeras jogadas, tem domínio das ações, mas...não consegue transformar em gols a pseudo-superioridade em campo. 

Hoje a superação veio unicamente do suor, mas pelo menos veio. 

No ritmo do “Ai Jesus”, TMJ na semifinal.


SRN. E não é pouco não.

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